Lembrei-me de te dizer isto, contar-te, para que não te esqueças, nunca.
A primeira vez, é de vez e foi assim. Eu sei que estava em teus braços, e sentia o teu calor a exaustar a tua pele, na forma de suor e eu a fervilhar com adrenalina a correr as minhas veias.
Só me recordo, que pelas pedras que calquei, eu merecia aquilo, merecia-te acima de tudo. Sou demasiado fraca por dentro, e necessito daquela aprovação de algo mais, pelo teu beijo por isso: ‘’E, vais-me beijar?”
Foste delicado, o teu gesto suave e enquanto a noite dormia. A dor do passado, foi desaparecendo e logo de seguida, prometeste-me juras eternas. Fomos naquele momento dois amantes, como Vénus e Marte, ou nos mesmos, certo?
O desejo decifrado em cada movimento do teu corpo sobre a minha alma, como um poema perdido que se veste de amor no sopro romântico, sobre as asas do céu.
Nesse dia, uniste dois velhos inimigos – o meu passado e o presente – para que o futuro seja feito, de uma forma melhor.
Dai em diante, lembro-me daqueles lindos olhos, daqueles que me lembram do mar do paraíso que, me arrasta nas ondas dele, e me deixa feliz.